CEV- 12-04-21
ESE - Cap. IX – BEM-AVENTURADOS
OS MANSOS E PACÍFICOS.[1]
Injúrias e
violências – Instruções dos Espíritos: A afabilidade e a doçura – A paciência –
Obediência e resignação – A cólera.
Itens
8 – Obediência e resignação.[2]
A
doutrina de Jesus ensina em toda parte a obediência e a resignação, duas
virtudes companheiras da doçura, muito ativas, conquanto os homens as confundam
erroneamente com a negação do sentimento e da vontade. A obediência é o
consenso da razão, a resignação, o consenso do coração. Ambas são forças
ativas, pois trazem o fardo das provas, que a revolta insensatamente atira ao
chão. O covarde não pode ser resignado, assim como o orgulhoso e o egoísta não
podem ser obedientes. Jesus foi a encarnação dessas virtudes, desprezadas pela
antiguidade materialista. Ele veio no momento da corrupção. Veio fazer sobressair
no seio da humanidade sucumbia os triunfos do sacrifício e da renúncia à
sensualidade.
Cada
época é assim assinalada pela soma de virtudes ou de vícios que a deve salvar
ou perder. A virtude da vossa geração é a atividade intelectual; seu vício, a
indiferença moral. Eu disse somente atividade, pois o gênio desponta
subitamente, e descobre a alguns viventes os horizontes que a multidão verá
somente depois dele; ao passo que a atividade, é a conjugação dos esforços de
todos para atingir um objetivo menos brilhante, mas que documenta a elevação
intelectual duma época. Submetei-vos à impulsão que viemos dar-vos. Obedecei à
grande lei de progresso, que é o assunto da vossa geração. Infeliz do homem
preguiçoso, desse que fecha o entendimento. Desgraçado dele, pois nós, que
somos os guias da Humanidade em marcha, lhe vibraremos o açoite e lhe forçaremos
a vontade rebelde com o duplo esforço do freio e da espora. A resistência dos
orgulhosos cedo ou tarde tem de ceder. Bem-aventurados, porém, os que são
dóceis, porque prestarão submissamente ouvidos aos ensinamentos. (Lázaro,
Paris, 1863).
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