segunda-feira, 17 de maio de 2021

ESE - Autoridade da doutrina espírita - minhas interpretações

CEV- 17-04-21

ESE – II AUTORIDADE DA DOUTRINA ESPÍRITA.[1]

Nos próximos itens será exposto pelos Espíritos Superiores somente aquilo que estamos aptos a entender e a beleza e grandiosa obra codificada por Kardec.

Itens - Parágrafos 14, 15 e 16.[2]


MINHAS INTERPRETAÇÕES SOBRE OS PARÁGRAFOS.[3]

A garantia da doutrina tem por base as informações trazidas pelos nossos irmãos que são cautelosos em trazer as revelações e ideias em face de nossa capacidade intelectual não está preparada para receber e assimilar notícias do mundo espiritual. As novidades e avanços não seriam absorvidos e tampouco entendidos. A ressalva dos Espíritos Superiores advém da verdade suprema que aos poucos são reveladas para ser posta em prática por nós. Divergem daqueles levianos que revelam tudo, pois, não se preocupam com a verdade tampouco com o impacto que pode causar em nós. Isto serve de norte para aceitarmos ou rejeitarmos as informações que chegam a nós.

Ao analisarmos as mensagens trazidas é importante observar o seu conteúdo e a origem, ora, se apenas um Espírito revela uma coisa e os demais, em vários locais do orbe divergem, o bom senso orienta-nos a ter cautela, e principalmente não propagar a informação ou mensagem. A superioridade do Espírito será observada na sua reserva ao confirmar alguma coisa em que não tenha domínio suficiente para ratificá-la de modo absoluto.

Aprendemos que é melhor, “rejeitar 999 verdades a admitir uma mentira”. Isto posto, é importante saber que conflitos existirão sempre para trazer à tona a verdade universal, está é imutável e permanente.

Sabemos que o conhecimento da verdade nos liberta das ilusões da matéria e convida-nos ao conhecimento de todos os princípios da física, moral e intelectual. Com isso a humanidade evolui, pois, a evolução ocorrerá de forma satisfatoriamente a seu tempo preenchendo as lacunas da ignorância e do misticismo. Importante ressaltar que a verdade sem amor ao próximo é luz que cega. Portanto, está máxima é componente sine qua non para que a essência espiritual se manifeste por completo. Jesus se referia a verdade do Espírito, a pureza de sentimento que eleva sensivelmente a uma realidade e progresso  para perfeição e por consequência à Deus.

Sabe-se que em todos os tempos houve os falsos profetas que exploravam a ignorância e temor dos povos, obvio que eram assediados por Espíritos inferiores que tinham por objetivo atrasar a obra do Cristo que  convidava a sociedade a avançar em sua evolução. Lembremos a seguinte informação:

[...] a fascinação é bem mais grave [do que a obsessão simples] porque o agente espiritual atua diretamente sobre o pensamento de sua vítima, inibindo-lhe o raciocínio e levando-a à perigosa convicção de que as ideias que expressa, por mais fantásticas que sejam, provêm de um Espírito de elevado gabarito intelectual e moral. Seu engano é evidente a todos, menos a ele próprio, que segue, fascinado e servil, o Espírito que se apoderou sutilmente de sua mente (145, cap. 2).[4]

A preocupação dos Espíritos Superiores com o que será revelado de forma que não induza a erro aquelas pessoas que ainda não estão preparadas em face no pouco ou quase nenhum conhecimento do que é Espiritismo revela a prudência a se ter com as informações espíritas e provavelmente publicadas. Ora, sabemos que há os bons Espíritos, esclarecidos, detentores de conhecimentos inovadores e até mesmo místicos, todavia, há aqueles maus, ignorantes e orgulhosos que visam tão somente o embuste e a mantença de um misticismo arcaico e escravizante do que é vulgar e obscuro.

Por essas sutilezas que a Doutrina dos Espíritos reserva a informação de forma a analisar seu conteúdo e estilo e refutar a hipocrisia das inverdades produzidas por certos tipos de Espíritos que as vezes apresentam nomes pomposos e respeitáveis, em tese, para validar o que dizem em suas heresias científicas e apócrifas. Concluindo, toda precaução é pouca para evitar a publicação de aberrações de ideias sob o ponto de vista material e/ou moral dando-lhe autenticidade. Desta foram, a prudência deve prevalecer e será aceita pelos Espíritos Superiores.



[1] O LIVRO DE ALLAN KARDEC – toda obra editada em um único volume – Opus Editora Ltda – SP – O Evangelho Segundo o Espiritismo, p. 522.

[2] Idem, item 14, 15 e 16, p. 524.

[3] SILVA, Ricardo Venâncio Oliveira

[4] O Espiritismo de A a Z/Coordenação de Geraldo Campetti Sobrinho, - 4ª.ed. – 5.imp. – Brasília: FEB, 2015, p. 357.

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