quinta-feira, 20 de maio de 2021

ESE - II - Autoridade da doutrina dos Espíritos - parágrafos, 17, 18, 19 e 20 - Minhas interpretações.

CEV- 20-05-21

ESE – INTRODUÇÃO – II – AUTORIDADE DA DOUTRINA ESPÍRITA.[1]

 

Itens - Parágrafos 17, 18, 19 e 20.[2]

Minhas intepretações dos parágrafos.[3]

A Doutrina dos Espíritos não está restrita a um único Espírito ou a uma única instituição, Deus a assentou em base sólida onde diversas inteligências encarnadas e desencarnadas garantissem a universalidade do ensino dos Espíritos.

Isso quer dizer que não será a opinião de um só homem que fundará e implantará como único e verdadeiro a Ortodoxia Espírita, representando como a única correta, em face de basear-se em princípios metafísicos e científicos. Evita-se a vaidade individual ou de grupos minoritários dominantes e/ou dissidentes sobrepondo a mensagem dos Espíritos Superiores.

O areópago onde o discurso expunha de forma breve os paradigmas de uma nova doutrina que surgia originalmente do sobrenatural, atribuída a seres invisíveis, inteligentes e avançados em conhecimentos que naquela época não se tinha ideia da continuidade da vida ou mesmo como denominava-se o ser pensante que povoava a Terra, não podia prosperar apenas a opinião de um Espírito, seja qual fosse o pseudossábio.

Qualquer ensaio dogmático teria o crivo do bom senso e dos intelectuais reencarnados à época. Não bastava o Espírito comunicante dizer chamar-se esse ou aquele sábio de um passado remoto da história das civilizações. E com isso, a nova doutrina foi sendo revelada concomitantemente em várias partes da Terra e por diversos médiuns e Espíritos. Desta forma, evidencia-se a veracidade das mensagens trazidas para análise dos estudiosos dos eventos ocorridos nas rodas sociais àquela época.

Havia diversas Divindades e ritos exóticos, e tendenciosos ao interesse de seus sacerdotes, muitas intepretações das mensagens eram direcionadas a atender aquele seguimento onde a ignorância e o medo predominavam tornando seus adeptos facilmente dominados e conduzidos de acordo com os dogmas estabelecidos. Da mesma forma, certo de que Espíritos zombeteiros aproveitavam destes momentos de subjugação da fé e crença dos fiéis. Inverdades eram transmitidas com único objetivo de sobrepor a soberania aos decretos soberanos.

Seria possível Deus manifestar-se por um médium naquela época, ora, sobretudo em uma sociedade confusa, misturada por ritos que violava a vida em rituais de sacrifícios. Deus, em sua magnânima presença, certamente se faria representar por Espíritos puros que estariam próximo Dele  autorizados a transmitirem Seu pensamento e vontade.

O Espiritismo é considerada a Terceira Revelação, sob a máxima: “fora da caridade não há salvação” e a certeza de que a vida continua, ou seja, o véu da ignorância foi levantado, muitos obreiros da luz estavam cumprindo a vontade e o pensamento de Deus.

Muitas tradições eram passadas de geração para geração pela palavra, e algumas vezes verdades eram atribuídas aos Espíritos que a teriam transmitido ao médium local. A importância de verificar a veracidade e origem são a pedra angular da Doutrina dos Espíritos, razão pela qual até a presente data a cautela e estudo são fundamentais para se compreender a mensagem.

Deduzimos que a garantia desta autoridade está da universalidade distribuída pelo orbe e por inúmeros médiuns, intermediários entre o mundo invisível e o material. Então, não basta crer, é preciso sentir, ver, ouvir, analisar, sobre a ótica da ciência, filosofia e religião. E com isso, estabelece-se uma base imutável onde a verdade sobressai para todos igualmente.

 



[1] O LIVRO DE ALLAN KARDEC – toda obra editada em um único volume – Opus Editora Ltda – SP – O Evangelho Segundo o Espiritismo, p. 522.

[2] Idem, p. 525, itens 17, 18, 19 e 20.

[3] SILVA, Ricardo Venâncio Oliveira. 

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